terça-feira, 16 de abril de 2013

A Civilização Bizantina


A CIVILIZAÇÃO BIZANTINA
(Império Romano do Oriente)

Já ouviu falar de Istambul, na Turquia? Pois bem essa cidade tem história!!!

       No passado, ela era conhecida como Constantinopla, o principal centro econômico e político do que havia sobrado do Império Romano. Foi edificada na cidade grega de Bizâncio, entre os Mares Egeu e Negro, pelo imperador Constantino (aí o motivo do nome da cidade ser Constantinopla).
       Com uma localização tão estratégica, logo foi tornada na nova capital do império. Por estar entre o Ocidente e o Oriente, desenvolveu um ativo e próspero comércio na região, além da produção agrícola, fazendo com que se destacasse do restante do império romano, que estava parado e na crise.
       O Império Romano do Oriente tinha por base um poder centralizado e despótico, junto com um intenso desenvolvimento do comércio, que serviu de fonte de recursos para enfrentar as invasões bárbaras. Já  a produção agrícola usou grandes extensões de terra e trabalho de camponeses livres e escravos.
       O Império Romano do Oriente ou Império Bizantino conseguiu resistir às invasões bárbaras e ainda durou 11 séculos.
       A mistura de elementos ocidentais e orientais só foi possível devido à intensa atividade comercial e urbana, dando grande esplendor econômico e cultural. As cidades tornaram-se bonitas e luxuosas, a doutrina cristã passou a ser mais valorizada e discutida em detalhes entre a sociedade.
       De início, os costumes romanos foram preservados. Com direito a estrutura política e administrativa, o idioma oficial foi o latim, mas depois tudo isso foi superado pela cultura helenística(grega-asiática). Com esse impulso o grego acabou se tornando o idioma oficial, no séc. VII.
       Um forte aspecto da civilização bizantina foi o papel do imperador, que tinha poderes tanto no exército como na igreja, sendo considerado representante de Deus aqui na terra, (não muito diferente de outras civilizações!!). O mais destacado imperador foi: Justiniano.

Era de Justiniano(527-565)
       Depois da divisão do império romano, pelo imperador Teodósio em 395, dando a parte ocidental para seu filho Honório e a parte oriental para o outro Arcádio. Com essa divisão, criou-se muitas dificuldades entre os imperadores para manter um bom governo, principalmente devido as constantes invasões bárbaras. Por isso no século V, com o imperador Justiniano que o  Império Bizantino se firmou e teve seu apogeu.
       Com Justiniano, as fronteiras de império foram ampliadas, com expedições que foram até a Península Itálica, Ibérica e ao norte da África. Claro que com tantas conquistas houve muitos gastos! E se os gastos aumentaram, os impostos também, e isso serviu de estopim para estourar diversas revoltas, da parte dos camponeses, que sempre ficavam com a pior parte ou o pagamento de impostos abusivos ou o trabalho pesado.
       Uma destas, foi a Revolta de Nika,em 532,mas logo foi suprimida de maneira bem violenta pelo governo. Com a morte de milhares de pessoas.
       Mas a atuação de Justiniano foi mais expressiva dentro do governo. Um exemplo, entre 533 e 565, iniciou-se a compilação do direito romano, que resultou no: corpo do direito civil, no qual serviu de base para códigos e leis de muitas nações à frente. Resumindo: essas leis determinavam os poderes quase ilimitados do imperador e protegiam os privilégios da igreja e dos proprietários de terras, deixando o resto da população à margem da sociedade.
       Na cultura, com Justiniano teve a construção da Igreja de Santa Sofia, com seu estilo arquitetônico próprio – o bizantino – cujo esplendor representava o poder do Estado junto com a força da Igreja Cristã.
       Na política, após a revolta de Nika, Justiniano consolidou seu poder monárquico absoluto por meio do cesaropapismo, tendo a total chefia do estado (como César) e da igreja (como o papa).

O Grande Cisma
       Essa supremacia do imperador sobre a igreja causou conflitos entre o imperador e o Papa. Em 1054, ocorreu o cisma do oriente, dividindo a igreja Católica em duas partes:
à Igreja Ortodoxa - com sede em Bizâncio, e com o comando do imperador bizantino.
à Igreja Católica Apostólica Romana - com sede em Roma e sob a autoridade do Papa.

A Decadência do Império
       Depois da morte de Justiniano(565), houve muito ataques que enfraqueceram a administração do Império. Bizâncio foi alvo da ambição das cidades italianas. Sendo que Veneza a subjugou e fez dela um ponto comercial sob exploração italiana.
       Essa queda não foi imediata, levou algum tempo, o império perdurou até o séc. XV, quando a cidade caiu diante dos turcos otomanos, em 1453, data que é usada para marcar o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna.
       As conseqüências da tomada de Constantinopla foram:
à o surgimento do grande império Turco-Otomano, que também foi uma ameaça para o Ocidente.
à a influência da cultura clássica antiga, preservada em Constantinopla, e levada para a Itália pela migração dos sábios Bizantinos.
à com a interrupção do comércio entre Europa e Ásia, ocorre a aceleração da busca de um novo caminho para o Oriente.

Sociedade e Economia
       O comércio era fonte de renda do império. Sua posição estratégica entre Ásia e Europa serviu de impulso para esse desenvolvimento comercial.
       O Estado fiscalizava as atividades econômicas por supervisionar a qualidade e a quantidade das mercadorias. Entre estes estavam: perfumes, seda, porcelana e peças de vidro. Além das empresas dos setores de pesca, metalurgia, armamento e tecelagem.

Religião
       A religião bizantina foi uma mistura de diversas culturas, como gregos, romanos e povos do oriente. Mas as questões mais debatidas eram:
à Monofisismo: estes negavam a natureza terrestre de Jesus Cristo. Para eles Jesus possuía apenas a natureza divina, espiritual. Esse movimento teve início no século V com auge no reinado de Justiniano.
à Iconoclastia: para estes a ordem era a destruição das imagens de santos, e a proibição do uso delas em templos. Com base na forte espiritualidade da religião cristã oriental. Teve apoio no século VIII, com o imperador Leão II, que proibiu o uso de imagens de Deus, Cristo e Santos nos templos e teve forte apoio popular.

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