domingo, 9 de novembro de 2014
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
domingo, 21 de setembro de 2014
domingo, 14 de setembro de 2014
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
domingo, 7 de setembro de 2014
terça-feira, 2 de setembro de 2014
O Iluminismo
O
ILUMINISMO
O século XVIII é também chamado de Século das Luzes. A
origem de todo esse movimento de nome iluminismo começou na França. Esse termo
iluminismo está relacionado com esclarecimento, porque os iluministas, os
homens da sociedade do antigo regime viviam nas “trevas da ignorância”. Para os
iluministas, o homem é produto do meio em que vive da sociedade e da educação.
No antigo regime, a educação estava sob o controle da
igreja. Isto não era bem visto pelos novos pensadores, os iluministas, pois
para eles a igreja ensinava uma filosofia arcaica. Isto tornava a sociedade
ignorante, fanática e submissa. Por isso a educação precisava ser mudada, a
razão, ou melhor, a capacidade de pensar por si próprio, deveria ficar a frente
na educação.
Este século, mostrou uma nova maneira de pensar. O
objetivo desses filósofos era a busca da felicidade. Eles eram contra a
injustiça, intolerância religiosa e a concentração de privilégios nas mãos de
poucos (ricos e poderosos).
Para os iluministas a razão era importante para os
estudos dos fenômenos naturais e sociais. De certa forma eles eram Deístas, ou
seja, acreditavam em Deus, mas que este Deus agiria indiretamente nos homens,
através das leis naturais. Com isso em mente, a própria pessoa pode
descobrir-se dentro da razão.
Na natureza as pessoas seriam boas, os problemas, as
desigualdades sociais foram colocadas e provocadas pelo próprio homem, de
acordo com a organização da sociedade. Para concertar essa situação teria de
mudar totalmente a sociedade. Para estabelecer a garantia dos direitos naturais
da pessoa, como a liberdade e a livre posse de bens.
O QUE O
ILUMINISMO COMBATIA:
A nova mentalidade burguesa, expressa pelos princípios
iluministas, chocava-se com o Antigo Regime. Assim, o Iluminismo combatia:
O Absolutismo
Monárquico: porque protegia a nobreza e mantinha seus
privilégios. O absolutismo era considerado injusto por impedir a participação
da burguesia nas decisões políticas, inviabilizando a realização de suas
ideias;
O Mercantilismo:
porque a intervenção do Estado na vida econômica era considerada prejudicial ao
individualismo burguês, à livre iniciativa e ao desenvolvimento espontâneo do
capitalismo;
A autonomia
intelectual: defendia pelo individualismo e pelo
racionalismo burguês. Assim, à burguesia não interessava apenas a religião. Ela
desejava o avanço da ciência e das técnicas, que favoreciam aos transportes, as
comunicações, a medicina, etc.
O QUE O
ILUMINISMO DEFENDIA:
Segundo o sociólogo Lucien Goldman, os princípios do
Iluminismo estão relacionados ao comércio, uma das principais atividades
econômicas da burguesia. Assim, o Iluminismo defendia:
Igualdade:
no comércio, isto é, no ato de compra e venda, todas as eventuais desigualdades
sociais entre compradores e vendedores não tinham importância. Na compra e
venda, o que importava era a igualdade jurídica dos participantes do ato
comercial. Por isso, os iluministas defendiam que todos deveriam ser iguais
perante a lei. Ninguém teria, então, privilégios de nascença, como os da
nobreza. Entretanto, a igualdade jurídica não significava igualdade econômica.
No plano econômico, a maioria dos iluministas acreditava que a desigualdade
correspondia à ordem natural das coisas.
Tolerância
religiosa ou filosófica: na realização do ato comercial, não
importavam as convicções religiosas ou filosóficas dos participantes do
negócio. Do ponto de vista econômico, a burguesia compreendeu que seria
irracional excluir compradores ou vendedores em função de suas crenças ou
convicções pessoais. Fosse mulçumano, judeu, cristão ou ateu, a capacidade
econômica das pessoas definia-se pelo ter e não pelo ser.
Liberdade pessoal
e social: a atividade comercial burguesa só poderia
desenvolver-se numa economia de mercado, ou seja, era preciso que existisse o
livre jogo da oferta e da procura. Por isso, a burguesia se opôs à escravidão
humana e passou a defender uma sociedade livre. Afinal sem trabalhadores
livres, que recebessem salários, não podia haver mercado comercial.
Propriedade
privada: comércio só era possível entre os
proprietários de bens ou de dinheiro. O proprietário podia comprar ou vender
porque tinha o direito de usar e dispor livremente de seus bens. Assim, a
burguesia defendia o direito à propriedade privada, que característica
essencial da sociedade capitalista.
OS PENSADORES
Estes
pensadores eram divididos em duas classes: os filósofos, com mente voltada para
os problemas políticos; e os economistas, que estavam voltados para o lado
financeiro, com intenções de aumentar a riqueza da nação.
Os representantes mais destacados dos filósofos foram:
Charles de Secondat, Barão de Montesquieu; François Marie Arouet (Voltaire),
Jean Jacques Rousseau e Denis Diderot.
MONTESQUIEU
(1689-1755): Sua obra de destaque, Do Espírito das Leis,
de 1748, defendia a separação e ao mesmo tempo a igualdade entre os poderes
executivo, legislativo e judiciário. Além disso, publicou em 1721 As Cartas
Persas, que usava do ridículo para certos costumes da sociedade europeia.
VOLTAIRE
(1694-1798): Não era partidário das ideias da igreja.
Foi o mais destacado dos iluministas. Irônico e crítico mordaz, também foi um
bom escritor. Com tantas críticas, Voltaire foi perseguido e, inúmeras vezes,
mandado par o exílio. Publicou Cartas Inglesas, na Inglaterra, esta obra
critica o Absolutismo e elogia a liberdade do país. Sua influência foi forte na
época e espalhou-se por toda Europa, inclusive alguns governantes foram adeptos
de suas ideias, como Catarina II da Rússia, e Frederico II da Prússia.
JEAN JACQUES
ROUSSEAU (1712-1778): Esse italiano da cidade de Genebra,
de vida simples, era contra o estilo de vida luxuoso e mundano. Ele fugiu
diversas vezes por causa da perseguição às suas ideias. Uma de suas obras: Discurso
sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1755). Nesta
obra, ele defende a tese da bondade natural da pessoa, que é deturpada pela
civilização. Ele também defende uma vida familiar simples, com uma sociedade
baseada na justiça e igualdade. Outro texto famoso foi O Contrato Social,
baseado na teoria da Vontade Geral, referida ao povo.
DENIS DIDEROT: Este
foi quem organizou a Enciclopédia, publicada em 1771/1772. Foi ajudado pelo
matemático Jean Le Rond D’hembert e outros. Seu objetivo principal era a
reunião do conhecimento em uma única publicação. É claro que uma obra que
divulgava ideias iluministas era proibida.
O LIBERALISMO ECONÔMICO
Os economistas defendiam uma economia que não deveria
ser controlada pelo Estado. O Estado talvez só interferiria se fosse para
garantir seu livre caminhar e o desenvolvimento da economia. Isso dá origem aos
fisiocratas (do grego, governo da natureza).
Suas ideias eram basicamente: as leis econômicas de um
país eram como leis naturais que durariam para sempre e eram independentes da
vontade do homem. Outra ideia base era que a economia deveria fluir livremente,
sem interferência do Estado. Alguns economistas de destaque foram:
FRANÇOIS QUESNAY,
médico na corte de Luís XV, foi colaborador da Enciclopédia, uma atividade de
importância para ele era a agricultura.
VICENT GOURNAY,
tinha ideias liberais para o comércio e a indústria. Sua frase consagrada foi:
deixe fazer, deixe passar.
ADAM SMITH,
aluno de Gournay, este escocês, foi um pouco diferente dos fisiocratas. Ele
criou novas teses, o Liberalismo Econômico. Sua obra de destaque foi: A Riqueza
das Nações, em 1766. Nesta obra ele enfatiza como verdadeira fonte de riqueza o
trabalho livre, sem nenhuma intervenção exterior.
DESPOTISMO
ESCLARECIDO
Essas ideias iluministas influenciaram alguns
governantes, que logo passaram a praticar essas teorias, mas com um tom
soberano, ou seja, procuravam governar com a razão e com os interesses do povo,
mas com um toque de absolutismo real.
Essa união de princípios filosóficos e poder real deu
origem ao Despotismo Esclarecido.
Seus principais adeptos foram:
Frederico II da
Prússia - discípulo de Voltaire - deu liberdade
religiosa, investiu na educação para o ensino básico e na liberdade de
expressão. Estimulou a economia, com medidas protecionistas, isto quer dizer, a
Prússia permaneceu um estado feudal, com servos sujeitos aos seus senhores.
Na Rússia,
Catarina II, teve contato com os iluministas
franceses, entre eles, Voltaire. Também deu liberdade religiosa ao povo e fez
mudanças de hábitos na alta sociedade. Claro que os servos tiveram prejuízos,
pois o poder dos senhores aumentou, com direito até mesmo sobre a vida dos
servos.
José II
- na Áustria, ele aboliu a servidão no país, concedeu igualdade entre todos,
até em sua administração imperial, deu liberdade de culto a todos.
Em Portugal, o
Marquês de Pombal, fez importantes reformas baseadas
no iluminismo. Houve mais desenvolvimento no país. A agricultura foi
estimulada. A nobreza foi perseguida para fortalecer o poder real e os jesuítas
foram ”incentivados” para não dizer, expulsos de Portugal.
O espanhol –
Anistro Aranda - fez diversas reformas no comércio, na
indústria e na sua administração. Onde criou os intendentes, que fortaleceram o
poder real de Carlos III.
FONTES ADAPTADAS:
http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia026.asp
http://www.algosobre.com.br/historia/iluminismo-a-critica-ao-antigo-regime.html
domingo, 31 de agosto de 2014
domingo, 24 de agosto de 2014
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domingo, 17 de agosto de 2014
terça-feira, 12 de agosto de 2014
domingo, 13 de julho de 2014
terça-feira, 8 de julho de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
quinta-feira, 8 de maio de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
terça-feira, 8 de abril de 2014
A História dos Francos
A História dos Francos
A maioria dos reinos bárbaros formados a partir da destruição do
Império Romano do Ocidente teve vida curta. Saxões, visigodos, ostrogodos
alamos, burgúndios e outros povos não resistiram às pressões externas e
acabaram dominados ou destruídos. Apenas os francos conseguiram se estruturar e
fincar raízes na Gália. Depois expandiram seus domínios sobre territórios que
hoje correspondem à França, Alemanha, Bélgica, Itália e mais oito países da
Europa. A palavra franco vem do alemão antigo frekkr e significa forte, ousado,
corajoso. Essas eram exatamente as qualidades que Carlos Magno procurava
ostentar como o maior soberano dos francos e grande guerreiro cristão. Por
isso, Carlos Magno foi coroado pelo papa Leão III com o título de Imperador na
tentativa de resgatar a autoridade do antigo Império Romano.
De todos os povos bárbaros germânicos, os francos merecem especial atenção, pois conseguiram estruturar um poderoso Estado de grande significação na Alta Idade Média européia. Esse Estado franco formou-se e expandiu-se sob o governo de duas dinastias:
Dinastia dos Reis Merovíngios (século V a VIII) - período da formação do reino franco, das suas primeiras expansões territoriais e da aliança estabelecida entre o rei e a Igreja Católica Romana.
Dinastia dos Reis Carolíngios (século VIII e IX) - período do apogeu dos francos, da sua máxima expansão territorial e da tentativa de se fazer ressurgir, sob o governo dos francos, a autoridade de um império universal.
Os Merovíngios
Meroveu foi líder dos francos na primeira metade do século V, chefiando seu povo na luta contra os hunos (Batalha dos Campos Catalúnicos). Por descender de Meroveu, a primeira dinastia dos reis francos é dominado merovíngia.
Em termos efetivos, o primeiro rei merovíngio foi Clovis (neto de Meroveu), que governou durante vinte e nove anos (482-511). Clovis conseguiu promover a unificação dos francos, expandiu seus domínios territoriais e converteu-se ao cristianismo católico.
Depois da morte de Clovis, seus quatro filhos dividiram o reino franco, enfraquecendo-o politicamente. Somente com o rei Dagoberto (629-639) houve uma nova reunificação dos francos. Entretanto, após sua morte surgiram novas lutas internas que aceleraram o desmoronamento do poder dos reis merovíngios.
Os sucessores de Dagoberto tiveram seus poderes absorvidos por um alto funcionário da corte, o prefeito do palácio (mordomo do paço) que, na prática, desempenhava o papel do verdadeiro rei. Quando aos reis merovíngios, assumiram uma vida de prazeres e de ociosidade, o que lhe valeu o título de reis indolentes.
No final do século VII, o mordomo do paço Pepino de Herstal (679-714) tornou seu cargo hereditário. Seu sucessor, Carlos Martel (714-741), adquiriu grande prestigio e poder, principalmente depois de conseguir deter o avanço dos árabes muçulmanos em direção à Europa Ocidental.
Foi na famosa Batalha de Poitiers, em 732 que Carlos Martel venceu o emir árabe Abderramã, contando com os esforços da infantaria dos francos. Interrompendo o avanço dos muçulmanos em direção à Europa, Carlos Martel ficou conhecido como o salvador da cristandade ocidental.
Ao morrer, Carlos Martel repartiu seus domínios entre seus dois filhos: Carlomano e Pepino. Em 747 Carlomano entrou para a vida monástica, deixando para Pepino todos os poderes políticos deixados pelo pai. Em 751, Pepino destronou o último e enfraquecido rei merovíngio, Childerico III, e fundou a dinastia carolíngia.
De todos os povos bárbaros germânicos, os francos merecem especial atenção, pois conseguiram estruturar um poderoso Estado de grande significação na Alta Idade Média européia. Esse Estado franco formou-se e expandiu-se sob o governo de duas dinastias:
Dinastia dos Reis Merovíngios (século V a VIII) - período da formação do reino franco, das suas primeiras expansões territoriais e da aliança estabelecida entre o rei e a Igreja Católica Romana.
Dinastia dos Reis Carolíngios (século VIII e IX) - período do apogeu dos francos, da sua máxima expansão territorial e da tentativa de se fazer ressurgir, sob o governo dos francos, a autoridade de um império universal.
Os Merovíngios
Meroveu foi líder dos francos na primeira metade do século V, chefiando seu povo na luta contra os hunos (Batalha dos Campos Catalúnicos). Por descender de Meroveu, a primeira dinastia dos reis francos é dominado merovíngia.
Em termos efetivos, o primeiro rei merovíngio foi Clovis (neto de Meroveu), que governou durante vinte e nove anos (482-511). Clovis conseguiu promover a unificação dos francos, expandiu seus domínios territoriais e converteu-se ao cristianismo católico.
Depois da morte de Clovis, seus quatro filhos dividiram o reino franco, enfraquecendo-o politicamente. Somente com o rei Dagoberto (629-639) houve uma nova reunificação dos francos. Entretanto, após sua morte surgiram novas lutas internas que aceleraram o desmoronamento do poder dos reis merovíngios.
Os sucessores de Dagoberto tiveram seus poderes absorvidos por um alto funcionário da corte, o prefeito do palácio (mordomo do paço) que, na prática, desempenhava o papel do verdadeiro rei. Quando aos reis merovíngios, assumiram uma vida de prazeres e de ociosidade, o que lhe valeu o título de reis indolentes.
No final do século VII, o mordomo do paço Pepino de Herstal (679-714) tornou seu cargo hereditário. Seu sucessor, Carlos Martel (714-741), adquiriu grande prestigio e poder, principalmente depois de conseguir deter o avanço dos árabes muçulmanos em direção à Europa Ocidental.
Foi na famosa Batalha de Poitiers, em 732 que Carlos Martel venceu o emir árabe Abderramã, contando com os esforços da infantaria dos francos. Interrompendo o avanço dos muçulmanos em direção à Europa, Carlos Martel ficou conhecido como o salvador da cristandade ocidental.
Ao morrer, Carlos Martel repartiu seus domínios entre seus dois filhos: Carlomano e Pepino. Em 747 Carlomano entrou para a vida monástica, deixando para Pepino todos os poderes políticos deixados pelo pai. Em 751, Pepino destronou o último e enfraquecido rei merovíngio, Childerico III, e fundou a dinastia carolíngia.
Através de acordos e da doação de terras, Pepino,o Breve,
estabeleceu laços políticos com a Igreja.
Os Carolíngios
Pepino, o Breve, obteve o reconhecimento do papa Zacarias para o destronamento do último rei merovíngio, que se recolheu a um mosteiro. Eleito rei de todos os francos, Pepino foi abençoado solenemente pelo arcebispo Bonifácio, representante do papa.
Antes de morrer, 768, Pepino dividiu reino entre seus dois filhos: Carlos Magno e Carlomano. Porém, três anos após receber sua parte no reino (771), Carlomano morreu e Carlos Magno tornou-se soberano absoluto do reino franco. Através de diversas guerras, Carlos Magno ampliou os domínios dos francos, apoderando-se de regiões como a Soxônia, Baviera, Lombardia e quase toda a Itália. Suas conquistas trouxeram-lhe prestígio e poder.
Império Carolíngio
A Igreja católica aliou-se a Carlos Magno, pois desejava a proteção de um soberano poderoso e cristão que possibilitasse a expansão do cristianismo. Assim, no dia 25 de dezembro de 800, Carlos Magno recebeu do papa Leão III o título de imperador do Sacro Império Romano.
Foi uma cerimônia pomposa e solene, que pretendia reviver, através do novo imperador, a autoridade do Império Romano do Ocidente, desaparecido em 476 com as invasões germânicas. Desse modo, Carlos Magno foi coroado como legítimo sucessor dos grande imperadores romanos.
A princípio, o Império Bizantino não recolheu o título concedido a Carlos Magno. O imperador bizantino Miguel I exigiu, para dar seu reconhecimento, concessões territoriais da região da Dalmácia e da Ístria.
A Administração do Império
O império Franco não tinha capital fixa. Sua sede dependia do lugar onde se encontrava o imperador e sua corte. De modo geral, Carlos Magno permanecia por maior tempo na cidade de Aquisgrã (Aix-la-Chapelle).
Procurando dar uma organização mais adequada aos usos e costumes vigentes no império, Carlos Magno baixou normas escritas conhecidas como capitulares.
Condes, Marqueses e Missi-Dominici
Carlos Magno criou subdivisões administrativas, encarregando os condes, os marqueses e os missi-dominici de controlá-las.
Cabia aos condes, responsáveis pelos territórios do interior (condados), fazer cumprir as capitulares e cobrar os impostos em nome de Carlos Magno.
Aos marqueses, cabia defender e administrar os territórios situados nas fronteiras do império, isto é, as marcas.
Os missi-dominici, inspetores reais, viajavam por todo o império e tinham plenos poderes para controlar a ação dos administradores locais.
O Beneficium e os Vassalos do Rei
Durante o governo de Carlos Magno, muitas terras do império foram concedidas em beneficium a diversos nobres locais. Esses nobres tornavam-se, então, vassalos do rei, tendo para com ele dever de fidelidade. Por estarem na condição de vassalos diretos do rei, muitos desses nobres se recusavam a obedecer às instruções de autoridade administrativas, como os missi-dominici.
Essa atitude dos nobres foi um importante elemento para a formação da sociedade feudal, com fragmentação do poder nas mãos de diversos nobres senhores de terra, unidos apenas pelos laços de vassalagem.
A Renascença Carolíngia
Guerreiro audacioso, Carlos Magno dedicou-se, durante toda a vida, muito à espada do que ao cultivo do espírito, permanecendo analfabeto praticamente até a idade adulta. Entretanto, na qualidade de administrador, preocupou-se em promover o desenvolvimento cultural do Império Franco, talvez para dar legitimidade à pretendida recriação do Império Romano Ocidental.
Assessorado por intelectuais, como o monge Alcuíno, o bibliotecário Leidrade e os historiadores Paulo Diácomo e Eginardo, Carlos Magno abriu escolas e mosteiros, estimulou a tradução e a cópia de manuscritos antigos e protegeu artistas.
Assim, o período de seu governo foi marcado por significativa atividade cultural, que abrangeu os setores das letras, das artes e da educação. Trata-se da chamada Renascença Carolíngia, que contribuiu para a preservação e a transmissão de valores da cultura da Antiguidade Clássica.
A Divisão e a Decadência do Império
Ao morrer, em 814, Carlos Magno deixou o poder imperial para seu filho Luís I, o Piedoso, No reinado de Luís I, o Império Carolíngio ainda conseguiu manter sua unidade política, mas após sua morte, em 840, o império foi disputado por seus filhos, numa desgastante guerra civil.
Pelo Tratado de Verdun, assinado em 843, os filhos de Luís I firmaram a paz, estabelecendo a seguinte divisão do Império Franco:
Carlos II, o Calvo, ficou com a parte ocidental, compreendendo a região da França atual;
Luís, o Germânico, ficou com a parte oriental, compreendendo a região da Alemanha atual;
Lotário ficou com a parte central, compreendendo regiões que estendiam da Itália até o mar do Norte.
Em cada uma dessas regiões carolíngias foi perdendo o poder, com as sucessivas divisões internas dos reinos. Assim, a unidade política realizada por Carlos Magno não conseguiu sobreviver um século depois de sua morte.
Causas da decadência: crise e invasões
O desmembramento do poder real dos monarcas carolíngios foi acompanhado pela crescente independência e autonomia da nobreza agrária. Houve forte descentralização e fragmentação do poder político, evidenciando a crise interna vivida pelo império.
Depois de um período sem invasões, a Europa cristianizada sofreu uma série de novas invasões, nos século IX e X, em três grande frentes: leste, norte e sul.
Do leste vieram os húngaros (magiares), que promoveram ataques periódicos, saqueando vilas, mosteiros e propriedades rurais.
Do norte ocorreu a invasão do vikings (escandinavos), que, vindos da Dinamarca pelo mar do Norte, lançaram-se em constantes ataques de pirataria locais do litoral europeu. Em 911, o rei franco Carlos, o Simples, cedeu a um dos chefes vikings, Rollon, o território da Normandia. Em contrapartida, Rollon tornou-se vassalo do rei franco.
Pelo sul chegaram os árabes, de religião muçulmanos, que, dominando a navegação pelo mar, Mediterrâneo, lançaram-se em sucessivos ataques de pilhagem e diversas regiões da Itália (Roma, Campânia e Lácio) e as grandes ilhas (Sicília, Córsega e Sardenha).
O renomado historiador Henri Pirenne defende a tese de que o comércio entre Europa e Oriente continuou ativo, ainda que enfraquecido, mesmo com o fim do Império Romano do Ocidente. Só com o estabelecimento do domínio árabe no mar Mediterrâneo é que houve forte retração no comércio europeu-oriental:
"O fato de a expansão islâmica ter fechado o Mediterrâneo, no século VII, teve como resultado a rapidíssima decadência do comércio. No decorrer do século VIII, os mercadores desapareceram em virtude da interrupção do comércio. A vida urbana, que ainda permanecia, graças a esses mercadores, malogrou ao mesmo tempo.
Manifestou-se, então, um empobrecimento geral. O numerário de ouro, herdado dos romanos, desapareceu, sendo substituido pela moeda de prata dos carolíngios. Essa é uma prova evidente do rompimento com a economia antiga caracteristicamente mediterrânea".
A Formação das Sociedades Feudais
O clima de insegurança e de intranqüilidade espalhado pela onde de invasões conduziu os cristãos europeus a construir vilas fortificadas e castelos cercados com grandes estacas.
Todo esse sistema defensivo criado pela iniciativa particular dos nobres de cada região demonstrava a falta de poder dos reis para organizar a defesa da sociedade como um todo. Cada um defendia-se como podia, associando-se a senhores mais poderosos, em busca de proteção. Nesse sentido, as "invasões" assinalaram uma data essencial na formação das sociedade feudais do ocidente.
Pepino, o Breve, obteve o reconhecimento do papa Zacarias para o destronamento do último rei merovíngio, que se recolheu a um mosteiro. Eleito rei de todos os francos, Pepino foi abençoado solenemente pelo arcebispo Bonifácio, representante do papa.
Antes de morrer, 768, Pepino dividiu reino entre seus dois filhos: Carlos Magno e Carlomano. Porém, três anos após receber sua parte no reino (771), Carlomano morreu e Carlos Magno tornou-se soberano absoluto do reino franco. Através de diversas guerras, Carlos Magno ampliou os domínios dos francos, apoderando-se de regiões como a Soxônia, Baviera, Lombardia e quase toda a Itália. Suas conquistas trouxeram-lhe prestígio e poder.
Império Carolíngio
A Igreja católica aliou-se a Carlos Magno, pois desejava a proteção de um soberano poderoso e cristão que possibilitasse a expansão do cristianismo. Assim, no dia 25 de dezembro de 800, Carlos Magno recebeu do papa Leão III o título de imperador do Sacro Império Romano.
Foi uma cerimônia pomposa e solene, que pretendia reviver, através do novo imperador, a autoridade do Império Romano do Ocidente, desaparecido em 476 com as invasões germânicas. Desse modo, Carlos Magno foi coroado como legítimo sucessor dos grande imperadores romanos.
A princípio, o Império Bizantino não recolheu o título concedido a Carlos Magno. O imperador bizantino Miguel I exigiu, para dar seu reconhecimento, concessões territoriais da região da Dalmácia e da Ístria.
A Administração do Império
O império Franco não tinha capital fixa. Sua sede dependia do lugar onde se encontrava o imperador e sua corte. De modo geral, Carlos Magno permanecia por maior tempo na cidade de Aquisgrã (Aix-la-Chapelle).
Procurando dar uma organização mais adequada aos usos e costumes vigentes no império, Carlos Magno baixou normas escritas conhecidas como capitulares.
Condes, Marqueses e Missi-Dominici
Carlos Magno criou subdivisões administrativas, encarregando os condes, os marqueses e os missi-dominici de controlá-las.
Cabia aos condes, responsáveis pelos territórios do interior (condados), fazer cumprir as capitulares e cobrar os impostos em nome de Carlos Magno.
Aos marqueses, cabia defender e administrar os territórios situados nas fronteiras do império, isto é, as marcas.
Os missi-dominici, inspetores reais, viajavam por todo o império e tinham plenos poderes para controlar a ação dos administradores locais.
O Beneficium e os Vassalos do Rei
Durante o governo de Carlos Magno, muitas terras do império foram concedidas em beneficium a diversos nobres locais. Esses nobres tornavam-se, então, vassalos do rei, tendo para com ele dever de fidelidade. Por estarem na condição de vassalos diretos do rei, muitos desses nobres se recusavam a obedecer às instruções de autoridade administrativas, como os missi-dominici.
Essa atitude dos nobres foi um importante elemento para a formação da sociedade feudal, com fragmentação do poder nas mãos de diversos nobres senhores de terra, unidos apenas pelos laços de vassalagem.
A Renascença Carolíngia
Guerreiro audacioso, Carlos Magno dedicou-se, durante toda a vida, muito à espada do que ao cultivo do espírito, permanecendo analfabeto praticamente até a idade adulta. Entretanto, na qualidade de administrador, preocupou-se em promover o desenvolvimento cultural do Império Franco, talvez para dar legitimidade à pretendida recriação do Império Romano Ocidental.
Assessorado por intelectuais, como o monge Alcuíno, o bibliotecário Leidrade e os historiadores Paulo Diácomo e Eginardo, Carlos Magno abriu escolas e mosteiros, estimulou a tradução e a cópia de manuscritos antigos e protegeu artistas.
Assim, o período de seu governo foi marcado por significativa atividade cultural, que abrangeu os setores das letras, das artes e da educação. Trata-se da chamada Renascença Carolíngia, que contribuiu para a preservação e a transmissão de valores da cultura da Antiguidade Clássica.
A Divisão e a Decadência do Império
Ao morrer, em 814, Carlos Magno deixou o poder imperial para seu filho Luís I, o Piedoso, No reinado de Luís I, o Império Carolíngio ainda conseguiu manter sua unidade política, mas após sua morte, em 840, o império foi disputado por seus filhos, numa desgastante guerra civil.
Pelo Tratado de Verdun, assinado em 843, os filhos de Luís I firmaram a paz, estabelecendo a seguinte divisão do Império Franco:
Carlos II, o Calvo, ficou com a parte ocidental, compreendendo a região da França atual;
Luís, o Germânico, ficou com a parte oriental, compreendendo a região da Alemanha atual;
Lotário ficou com a parte central, compreendendo regiões que estendiam da Itália até o mar do Norte.
Em cada uma dessas regiões carolíngias foi perdendo o poder, com as sucessivas divisões internas dos reinos. Assim, a unidade política realizada por Carlos Magno não conseguiu sobreviver um século depois de sua morte.
Causas da decadência: crise e invasões
O desmembramento do poder real dos monarcas carolíngios foi acompanhado pela crescente independência e autonomia da nobreza agrária. Houve forte descentralização e fragmentação do poder político, evidenciando a crise interna vivida pelo império.
Depois de um período sem invasões, a Europa cristianizada sofreu uma série de novas invasões, nos século IX e X, em três grande frentes: leste, norte e sul.
Do leste vieram os húngaros (magiares), que promoveram ataques periódicos, saqueando vilas, mosteiros e propriedades rurais.
Do norte ocorreu a invasão do vikings (escandinavos), que, vindos da Dinamarca pelo mar do Norte, lançaram-se em constantes ataques de pirataria locais do litoral europeu. Em 911, o rei franco Carlos, o Simples, cedeu a um dos chefes vikings, Rollon, o território da Normandia. Em contrapartida, Rollon tornou-se vassalo do rei franco.
Pelo sul chegaram os árabes, de religião muçulmanos, que, dominando a navegação pelo mar, Mediterrâneo, lançaram-se em sucessivos ataques de pilhagem e diversas regiões da Itália (Roma, Campânia e Lácio) e as grandes ilhas (Sicília, Córsega e Sardenha).
O renomado historiador Henri Pirenne defende a tese de que o comércio entre Europa e Oriente continuou ativo, ainda que enfraquecido, mesmo com o fim do Império Romano do Ocidente. Só com o estabelecimento do domínio árabe no mar Mediterrâneo é que houve forte retração no comércio europeu-oriental:
"O fato de a expansão islâmica ter fechado o Mediterrâneo, no século VII, teve como resultado a rapidíssima decadência do comércio. No decorrer do século VIII, os mercadores desapareceram em virtude da interrupção do comércio. A vida urbana, que ainda permanecia, graças a esses mercadores, malogrou ao mesmo tempo.
Manifestou-se, então, um empobrecimento geral. O numerário de ouro, herdado dos romanos, desapareceu, sendo substituido pela moeda de prata dos carolíngios. Essa é uma prova evidente do rompimento com a economia antiga caracteristicamente mediterrânea".
A Formação das Sociedades Feudais
O clima de insegurança e de intranqüilidade espalhado pela onde de invasões conduziu os cristãos europeus a construir vilas fortificadas e castelos cercados com grandes estacas.
Todo esse sistema defensivo criado pela iniciativa particular dos nobres de cada região demonstrava a falta de poder dos reis para organizar a defesa da sociedade como um todo. Cada um defendia-se como podia, associando-se a senhores mais poderosos, em busca de proteção. Nesse sentido, as "invasões" assinalaram uma data essencial na formação das sociedade feudais do ocidente.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Médici: um ditador para ser esquecido.
Aula Especial na 1ª Mostra de Cinema & Debate sobre 50 Anos de Resistência à Ditadura Militar. E. E. Presidente Médici - Cuiabá-MT. 04/04/2014.
sábado, 15 de março de 2014
segunda-feira, 10 de março de 2014
quarta-feira, 5 de março de 2014
segunda-feira, 3 de março de 2014
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
domingo, 23 de fevereiro de 2014
domingo, 16 de fevereiro de 2014
sábado, 15 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
terça-feira, 14 de janeiro de 2014
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